segunda-feira, 1 de outubro de 2012

De noite na cama do hospital

Pouparei meus leitores da minha segunda noite na enfermaria por uma questão de caridade principalmente comigo mesma.

O fato é que meu amado marido ao me ver debulhada em lágrimas, deprimidíssima com a possibilidade de uma longa estadia e correndo o risco de ir fazer companhia a Dona Creozodete no CTI por conta de uma depressão profunda, resolveu me salvar tal qual cavaleiro andante. Me abraçou e me assegurou: "Vou te botar em um quarto. Vou ficar com você!" Como não se apaixonar por um homem assim? E aqui estou, sozinha no quarto. O tédio me consome, mas mil vezes aqui do que o carma coletivo que eu enfrentei.

Diverticulite. É o nome do que eu tenho, segundo o médico gatésimo que olhou meus exames. Aliás, os médicos daqui são todos gatos. Gatos bem novinhos por sinal. Se eu tivesse muitos anos a menos...
Mesmo assim não trocaria meu príncipe salvador que me resgatou from hell nem por um balaio cheio de gatos médicos. Mas olhar não é pecado!

Diverticulite foi o que matou Tancredo Neves. Pelo menos era o que diziam. Meu problema é um pouco maior porque inflamou e um abcesso começou a surgir. Mas segundo o Dr. Gato já que eu estou reagindo bem ao tratamento com antibióticos e o intestino funciona normalmente não haverá necessidade de cirurgia. Mais uns 2 ou 3 dias de controle e poderei ir para casa terminar o tratamento via oral. Assim não iremos a falência.

Tenho que deixar de me sentir invulnerável. Tenho que começar a me sentir velha.

Um comentário:

picida ribeiro disse...

-Olha quanta coisa boa:
divertir os lhos com os medicos gatos
-receber chamegos do marido presente e carinho
-escrever no blog!!!
Melhoras!!!!